9 de março de 2012

ABBI geram lucros para companhias e transformam produtores rurais em donos de novas companhias de rodeio!


Para agradar alguns sobrinhos apaixonados pela montaria em touro, José Anísio, mais conhecido como Zé do Bode, resolveu comprar alguns tourinhos, criar uma pequena arena em sua propriedade rural e deixar os meninos passarem algum tempo realizando o sonho de ser um competidor. Com um investimento abaixo de R$ 1,3 mil, o tio-coruja apareceu com um animal pequeno, bem cuidado e aparentemente normal. Mal sabia ele que a brincadeira ia se tornar lucrativa.

“Quando comprei o tourinho, resolvi deixa-lo com os meninos por um tempo até que estivesse com peso e idade ideal para eu vender ao abate. Sempre negociei este tipo de animal e nunca me passou pela cabeça coloca-los para pular. E olha que sou um amante da boa montaria e sempre acompanhei festas de rodeio desde menino”, diz Anísio.

Com o tempo, o criador conheceu a ABBI (American Bucking Bull, Inc.), empresa americana também sediada no Brasil que desenvolve e promove o surgimento de touros de pulo, e resolveu se inscrever. “Conheci a empresa por meio de um leilão de touros que fui. Não sabia que existia e o que fazia. Resolvi me inscrever e achei que foi a melhor coisa que fiz com relação à criação de touros”, explica.

Há dois anos, aquele tourinho que iria apenas alegrar os sobrinhos de José Anísio e depois ir para o abate se tornou um dos promissores atletas de peso das arenas: o touro Estradeiro — atualmente com três anos. “Hoje eu não deixo mais os meninos brincarem nele. Estradeiro deixou de ser um tourinho comum e ninguém mais consegue parar nele”, diz. “Tem bastante gente interessada em compra-lo hoje, mas não vendo não”, brinca.

O tourinho, antes comprado por menos de R$ 1,3 mil, está avaliado em R$ 20 mil, aproximadamente. Os resultados de Estradeiro nas etapas da ABBI e a valorização do atleta fizeram José Anísio investir na criação de uma companhia. “Hoje eu tenho oito tourinhos no meu plantel. Aos poucos estou investindo no que é preciso para montar uma equipe, sempre buscando o apoio da ABBI. Estou contente e quero continuar nesse esporte”, garante.

Esta prática apresenta uma crescente entre os apaixonados pela montaria em touro. Pequenos ou comuns produtores rurais despertam o interesse pela criação específica de animais para este esporte. De acordo com levantamento da ABBI Brazil, desde sua criação em 2010, foram feitas 28 etapas entre Futurity (de 2 a 3 anos) e Classic (de 3,5 anos a 4,5 anos) com 433 animais registrados e 20 membros ativos. Em todo o mundo, são mais de 115 mil touros de pulo registrados e 2,6 mil membros criadores.

Na primeira etapa realizada este ano em Olímpia, os resultados surpreenderam o público e os próprios donos de boiadas com os recordes de inscrições. Na Futurity, por exemplo, foram 40 inscrições de tourinhos para a disputa com o Robô Cowboy. Na Classic, considerada a etapa principal entre os novatos, foram mais de 60 atletas de peso que passaram pela arena. Nos anos anteriores, as inscrições representavam quase 30% a menos da primeira etapa.

“Esse recorde de inscrições surpreendeu a todos nós este ano. Tivemos um campeonato competitivo com atletas de peso, velozes e difíceis de encarar. Acredito muito que, nesta temporada, iremos ter um dos campeonatos entre tourinhos mais acirrados dentro da ABBI e, certamente, iremos ter surpresas entre os atletas”, diz Flávio Junqueira, diretor-presidente da ABBI Brazil e da PBR (Professional Bull Riders) Brazil.

Só o começo

As etapas da ABBI podem ser comparadas às categorias de base dos grandes clubes de futebol, esporte líder na paixão dos brasileiros. Como os campos destes times, as arenas espalhadas por todo o Brasil que sediam uma etapa da ABBI são responsáveis por projetar as próximas estrelas dos campeonatos profissionais. Muitos touros que disputam títulos pelo Brasil, e são estrelas nos torneios, despontaram para o sucesso depois de passarem pelas categorias Futurity e Classic.

Donos de boiadas já consolidadas como Paulo Emílio, Ricardo Gattaz e Erik Carbonari, entre outros grandes nomes, possuem importantes atletas de peso na lista dos melhores e mais difíceis touros dos campeonatos da PBR. “Essas competições realizadas pela ABBI promovem as melhorias das boiadas e permitem que um animal-atleta chegue aos eventos profissionais com mais experiência, força, malícia e porte físico diferenciado”, diz Erik Carbonari.

Investimento inicial é baixo

Ter um tourinho apropriado para se tornar um atleta de peso custa pouco para quem está começando. Em média, esses animais podem ser adquiridos por valores abaixo de R$ 3 mil, quando novos. Há também a possibilidade de se comprar a genética de importantes touros como o Bandido, da Cia. Paulo Emílio, famoso em todo o mundo, por menos de R$ 5 mil.

Cuidados especiais

A partir do momento que um criador passa a fazer parte da ABBI, o suporte à boiada se torna intenso e especial, e não se resume apenas aos fatores econômicos e esportivos: a saúde desses atletas vem em primeiro lugar. Antes de cada competição, os tourinhos passam por um check-up minucioso com uma equipe de veterinários que atestam se ele tem ou não condições de competir. Aqueles que passam pelos testes estão aptos a brilharem nas arenas.



Por: Gustavo Falararo Twitter: @Falararo
Fonte: Jorge Cardoso Comunic Comunicação Corporativa 17 9745-2795 / 3234-2205
Foto: André Silva

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