16 de dezembro de 2011

SEGURO DE ANIMAIS: REALIDADE OU UTÔPIA?

Você tem noção do que é um acidente liquidar um investimento de milhões de reais? Em 2004 um poste de energia caiu e atingiu a vaca Asteca, da raça Nelore PO (pura origem), enquanto pastava na fazenda Fortaleza, na cidade de Valparaíso, interior de São Paulo. Asteca estava avaliada em R$ 2,4 milhões e havia vencido cinco das principais exposições agropecuárias do país. O investimento de anos se perdeu em poucos minutos.

Em dezembro último, faleceu o touro Sonzera (foto em destaque), pertencente a Cia LFC, de propriedade dos sócios Dr. Eraldo e Leonardo, o qual foi considerado o melhor touro do campeonato TOP TEAM CUP 2010/2011, cujo valor econômico ultrapassava R$ 150 mil reais. Durante uma briga no pasto com outro animal, Sonzera quebrou a pata e não resistiu.

Milhares de outros episódios envolvendo animais de rodeio podem ser citados como trágicos ou prematuros.

No esporte rodeio, os animais alcançaram tamanha importância que muitos criadores têm investido maciçamente no melhoramento genético e na busca de excelentes animais de pulo por todos os cantos do país, transformando-os em verdadeiras estrelas da arena.

Seja um único animal ou um rebanho inteiro, a grande verdade é que os animais de rodeios possuem valores consideráveis e não podem estar à mercê da sorte. Na propriedade ou nas viagens, o risco existe, isso é fato. A prevenção é feita, mas nem sempre infalível. O sinistro não avisa e não pode ser premeditado. A pergunta é: o que fazer?

Em 1995, o empresário Valtinho Pereira, dono da Cia Verde Amarelo, já havia dado um passo a frente na prevenção dos seus touros. Naquela oportunidade ele fez um seguro de todos os seus 180 touros de rodeio, através da COSESP – Companhia de Seguros do Estado de São Paulo.

O seguro de animais tem por objetivo garantir o pagamento de indenização, em caso de morte de animais classificados como de elite e não está enquadrado como Seguro Rural. Animais de elite são aqueles destinados ao lazer ou à participação em torneios/provas esportivas, bem como aqueles utilizados na coleta de sêmen e transferência de embriões, desde que com fins distintos dos estabelecidos para o Seguro Pecuário.

Com relação ao preço do seguro, isso varia de acordo com o risco a que os animais estão expostos. Depois de uma detalhada análise feita pelas seguradoras é estipulado o valor da apólice. A empresa pode oferecer desde a cobertura básica em caso de morte ou doença do animal, como um seguro de vida normal, até um reembolso de cirurgias e indenização, se o animal se tornar inválido.

Em se tratando de roubo e epidemias as seguradoras ainda não possuem coberturas, haja vista que essas condições ainda são incertas quanto à freqüência desses acontecimentos e não há estatísticas corretas.

A única certeza é de que com os acidentes não se brincam, em se tratando da natureza e das intempéries da vida animal, todo cuidado é pouco e resguardar um patrimônio não é custo, mas sim um investimento.

Faça seguro dos seus animais e não espere a vaca ir pro brejo.

Por: Gustavo Falararo Twitter:@Falararo
Fonte: www.thiagoarantes.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário