15 de dezembro de 2011

FRMG REALIZARÁ CURSO DE MONTARIAS COM PAULO CRIMBER!
Curso_montarias

A FRMG (Federação de Rodeio de Minas Gerais) realizará de 02 a 05 de Fevereiro Curso de Montarias em Touros com o competidor dez vezes finalista da PBR World Finals de Las Vegas Paulo Crimber.

Informações e inscrição: (31) 3297-5441

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Cartaz do Curso

Por: Gustavo Falararo Twitter:@Falararo
EDUARDO "RINGO" DE MELO!

Apaixonado por rodeio, Eduardo “Ringo” de Melo sonhava em um dia poder montar na Festa do Peão de Barretos. A concretização do seu sonho começou em 1986, quando tinha 13 anos e montou pela primeira vez em um rodeio, na cidade de Assis. “A montaria foi no famoso Burrinho Sabonete e comecei levando sorte, parando no velhaco”, lembra. Com um pouco mais de idade, começou a montar em touros e, em 91, no primeiro rodeio que participou valendo premiação em dinheiro, ficou em quarto lugar. De 94 a 96 montou profissionalmente em touros, mas, segundo ele, “era só baque”. Então desistiu da modalidade, mas não do rodeio, pois se voltou para o Bareback, que estava chegando ao Brasil. 

“Dois anos montado em touros, vi que não era para mim. Numa destas consultas corriqueiras na vida de um cowboy, havia quebrado o tornozelo, então o médico pediu para eu levar a radiografia para ele dar uma olhada. Fui ao hospital, disse meu nome e vieram com um volume de RX que não dava para fechar a mão direito. Acho que tinha umas 200. Foi a hora que decidi mudar de modalidade”, lembra, rindo, o competidor.

Ao assistir o Rodeio Universitário na cidade de Maringá/PR, Ringo se empolgou com a montaria de um gringo no Bareback. “Ele espancou! Fiquei louco e quando o gringo retornou ao fundo dos bretes, comprei a alça do Bareback dele e aí já me identifiquei com a modalidade”.

Como na época não existiam cursos de Bareback e Sela Americana como hoje, Ringo conversou com os amigos João Henrique Gianasi e Ricardo Imperatriz e assim começou a montar. A primeira apresentação na modalidade foi em um Rodeio Universitário na mineira Uberaba, mas caiu.

“Quando assisti aos vídeos da National Finals em Las Vegas, fiquei impressionado com o competidor Marvin Garret e assim, tentei me espelhar nele. Depois de um tempo de dedicação, os títulos começaram a chegar. Sou tricampeão da Festa de Barretos, um sonho realizado; pentacampeão em Jaguariúna; tricampeão de Presidente Prudente, Goiânia e Adamantina, dentre outros títulos nacionais. Fui para os Estados Unidos e lá também conquistei títulos como em Belton e Withesboro, no Texas; Davie, na Florida; Springdale, no Arkansas, dentre outros”, disse o competidor.


Na época, Ringo adquiriu uma tropa, que levava aos rodeios; dava cursos e treinos quase todas as semanas e a vida se tornou uma loucura. Para não deixar a profissão de lado, teve que parar de montar.

“A rotina era bruta demais. Para se ter uma ideia, eu trabalhava até às 16 horas de quinta-feira, andava 400 km até Jaguariúna, montava, voltava os 400 km para poder trabalhar na sexta-feira e ao final do dia, pegava mais 400 km de volta para o rodeio. No sábado ficava na cidade e no domingo, quando acabava, voltava para casa. Em um final de semana andava cerca de 2400 km. Era difícil, mas quando eu montava no cavalo, tudo isso valia a pena!”

A família de Ringo nunca deu apoio à sua paixão pelo rodeio. “Isso é muito difícil, pois imagina você ganhar Barretos e não poder compartilhar esta alegria única com as pessoas que mais ama. É muito complicado!”

Ringo ficou afastado do mundo dos rodeios por quatro anos, mas neste período, não parou com os exercícios. Tinha até mais tempo para isso, então continuava em plena forma física. Criada a Pro Horse, Ringo ressalta que “juntou a fome com a vontade de comer”, pois o Leandro Baldissera disse que chegaria a tropa dos sonhos ao Brasil, com a importação dos animais pela entidade.

“Então, eu tinha que montar. O coração bateu mais forte e o rodeio é um vício. Montei nos animais que chegaram e levei muita sorte, conquistando bons títulos. Mas pensei que aos 37 anos e com três filhos para criar, já estava de bom tamanho, então, parei novamente em 2009. Acho que tudo na vida tem que ter um fim e minha hora chegou”, conta.

Ringo afirma que o Bareback representa parte da sua vida. “Você pode ser o melhor no seu profissional, mas o reconhecimento das pessoas com a gente no rodeio é incomparável!”

Quem sabe, após um novo período longe do rodeio, Ringo não deixe sua paixão falar mais alto novamente e volte a montar, levando ainda mais emoção às competições da modalidade Bareback!

Por: Gustavo Falararo Twitter:@Falararo